quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Imigrantes x Nativos digitais


A revolução digital, a evolução das mídias juntamente com as mudanças radicais nas estruturas da web, têm causado uma verdadeira metamorfose na forma como os consumidores compreendem as mensagens, consomem as mídias, adquirem os seus bens de consumo, assim como também, a maneira como são desenvolvidas e produzidas as campanhas publicitárias offline e online.


A rotina de trabalho de diversos profissionais de comunicação e marketing tem passado por transformações diárias, assim como, novas tecnologias e mecanismos estão sendo criados e incutidos no cotidiano desses consumidores, diversas táticas e estratégias que busquem atingir os indivíduos de forma segmentada, utilizando de ferramentas como MSNOrkutYouTubeSecond Lifegamespodcastings etc. estão sendo desenvolvidos por esses profissionais.


Porém, não são todos os indivíduos que conseguem acompanhar esses avanços e, sobretudo, utilizar dos diversos recursos tecnológicos, tais como notebooksiPods, MP11, navegadores GPSPDAs, entre tantos outros. Pois bem, nomeamos essas pessoas de "imigrantes digitais". São imigrantes digitais por que passaram por diferentes criações e implantações tecnológicas, ao longo de suas vidas, muitos acompanharam a transição do disco de vinil para a fita cassete e, logo após o CD Player, a evolução das câmeras analógicas para as digitais, do telefone a manivela, em seguida, os de ficha até chegar os telefones com cartões, depois os sem fio e, posteriormente os celulares etc.. Muitos pais, tios e até avós tentam se interar dessas ferramentas tecnológicas, no entanto, não são todos que conseguem se adaptar ao uso desses implementos, todavia, buscam através de cursos e ensinamentos de filhos e netos aprenderem a manusear tais aparelhos.


Em contrapartida, os "nativos digitais" dão um show em termos de conhecimento e capacidade de dominar tais dispositivos tecnológicos. São nativos digitais por que já nasceram numa sociedade repleta de recursos, mecanismos e estruturas que lhes proporcionam a influência e a prática no manuseio de vários acessórios de última geração e, buscam através da Internet e demais plataformas de comunicação e entretenimento, colher as informações, dados e conteúdos que desejam para suprir todas as suas necessidades, visando o seu desenvolvimento e crescimento pessoal. Através dos seus hábitos e comportamentos ditam tendências, estilos e linguagens que sejam condizentes ao que propõem.


Com isso, vemos a importância que a Web 2.0 atrelada ao conjunto dos mais distintos recursos que a publicidade desenvolve como frutos de suas propagandas, podem integrar e, em contrapartida, ultra-segmentar os targets de suas campanhas. Visto que, tantos os imigrantes quanto os nativos digitais possuem um grande poder de consumo, no entanto, cabe aos profissionais de comunicação e de marketing juntamente com os anunciantes entenderem que os seus bens de consumo atingem os diversos públicos, com classes sociais, hábitos de consumo, idades, perfis e razões distintas. E, que não podem elaborar, muito menos, direcionar uma mesma campanha para os diferentes targets.


Fernando Santana

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Obama e a influência das novas mídias


A campanha presidencial dos EUA do ano de 2008, não premiou a população mundial apenas com o perfil sério e compromissado desse cidadão americano, chamado Barack Obama, mas, nos deu a possibilidade de vermos em ação os mais variados atributos que as novas mídias, e com elas, todas as suas contribuições tecnológicas.

Durante todo o processo de sua campanha, Obama foi detalhista, no qual por muitos especialistas ligados as áreas de política, economia, administração e comunicação foi considerado um estrategista minucioso em oratória, técnicas publicitárias, gestão e negócios.


Toda essa campanha eleitoral nos levou a crer na utilização de novos mecanismos, ferramentas e estruturas nas quais possam abrilhantar, conduzir e envolver de forma profética o maior número de eleitores. 

Alguns críticos poderão dizer que essa vitória estava nas "mãos" por "N" motivos. Porém, se não fossem os esforços de toda a equipe responsável pela estrutura montada em volta desse grande divã das urnas, sem tirar nenhum mérito do próprio Obama, nada disso poderia ter saído tão perfeito.


Na verdade, o Barack Obama e os estrategistas de sua campanha usaram e abusaram de todos os benefícios que as novas mídias poderíam dispor, tudo isso através de mensagens em mídias offline, seja em TV, cartazes, embalagens, tênisanúncios de oportunidade etc., ou online, através de mecanismos relacionados ao universo da web. Sua campanha realmente ensinou para os diversos publicitários espalhados em todo o mundo como devemos planejar e criar as táticas a favor do uso da Internet, sejam nos blogs, MSN, e-mail, Orkut, Facebook, My Space, Twitter, Second Life, e principalmente no YouTube. Todas essas ferramentas estão atreladas aos diversos mecanismos práticos e conceituais do marketing viral. Vale ressaltar, que o Obama contou com a contribuição de alguns internautas, entre eles eleitores ou apenas admiradores, para que sua campanha tivesse toda essa repercussão.


Portanto, a forma como foi planejada e conduzida toda essa campanha eleitoral nos faz refletir ainda mais que não podemos ter fórmulas, ou conceito único e muito menos uma metodologia básica na elaboração e realização das ações.



Fernando Santana